Vamos admitir, em 2016 nós fomos
derrotados. A esquerda não perdeu apenas nas eleições, tampouco no processo de
impeachment da presidenta Dilma Rousseff, nossa maior derrota se deve a total
fragmentação das frentes da esquerda, fragmentação escancarada de vez agora nas
declarações de Marcelo Freixo em que responsabiliza sua derrota em parte aos
erros do PT. Entendam bem, não acho que essa declaração seja totalmente
equivocada, e nem acho que as motivações de tal declaração sejam novas. A
verdade é que a desunião da esquerda não é coisa nova, mas foi visualizada por
todos de fato no ano de 2002 com a vitória de Lula. As diversas alianças do PT
com partidos como o PMDB iniciaram um processo de desilusão e revolta nos
idealistas que esperavam que práticas da velha política não seriam utilizadas
em um governo popular.
Não vou esmiuçar aqui os vários
erros cometidos pelo PT, também não vou aqui expor as desastrosas consequências
que esses erros causaram a esquerda, minha intenção aqui é outra, minha
intenção é dividir meu ponto de vista sobre a atual situação da esquerda com as
6 pessoas que irão ler esse texto.
A verdade é que independente do
que tenha acontecido no passado, a esquerda definitivamente tem que repensar
sua postura, estamos sendo massacrados dia a dia pelos que usurparam o poder, e
como resposta estamos cada vez mais nos desunindo por siglas e personagens.
Temos que esquecer as diferenças nesses tempos de trevas e levantar uma frente
única da esquerda, não deve mais importar aquilo que nos diferencia, e sim deve
importar aquilo que nos une. Todos nós lutamos por um país mais justo, nossas
formas de luta são diferentes, mas temos que estar juntos nesse momento, líderes
do PT, PSOL, PC do B, PCB, PCO, PSTU devem dialogar pra achar as linhas de
pensamento em comum e a partir disso, nos levantarmos juntos e ir a luta. Na
batalha temos que estar juntos e
organizados, do contrário seremos esmagados.